06 fevereiro 2004

Humor com humor se paga - XXI: O humor light e amarelo

Até o humor em Portugal agora é light e amarelo. E ao fim de semana condiz com céu carregado, horizontes curtos, pensamentos baixos e emoções poucas (ou nenhumas)... Em boa verdade, o humor nacional está como o país, está de tanga (o nosso primeiro dixit)... O melhor que eu, Blogador, posso fazer é pedir-vos o favor de dar viagra ao astral, ao individual e ao colectivo...



Ainda por cima a banda (larga) está mais para o estreito do que para o largo... Eu saí da Netcabo para me meter nas mãos de outros mafiosos, o Clix ADSL Turbo... Agora armam-se em vítimas e pedem a solidariedade dos clientes contra a toda poderosa PT. Mas esta guerra não é minha...



As melhoras para o António P. L. que também faz parte desta anónima lista de ciberamig@s bem humorad@s e que vai passar este fim de semana no hospital, sem tocar no teclado!... (Como é possível, com esta nossa crescente ciberdependência ?). Coitado: nem sequer os cacilheiros vai poder ver da janela do 7º piso com vista para o Real Estuário do Tejo, uma das nossas últimas jóias da Coroa... O António vai tentar enfiar a banda (a outra, a da milagrosa cura do emagrecimento) pelo bucho abaixo. Para ver se perde uns quilos e poupa o coração e o orçamento.



Os seus amigos só podem desejar-lhe que regresse rápido, são e salvo, que hoje em dia é uma aventura ir para uma Hospital S. A. Sabe-se como se entra, nunca se sabe como se sai...



Em honra dele, e graças à Paula C., outra das nossas ciberfornecedores da nossa loja dos bons humores, aqui vai um peça de humor light e amarelo:



Ontem, quinta-feira, o meu chefe chamou um dos nossos colegas de escritório (um daqueles que ele tem um especial prazer sádico em assediar) e disse-lhe:



- Oiça lá, ó Zé António, aposto que este fim de semana você gostaria de me ver morto e bem morto, só para cuspir em cima do meu caixão e calcar o meu cadáver aos seus pés!

- Nem por isso, ó Chefe. Sabe, detesto estar horas e horas na bicha.



Dizem que o homem ficou branco como a cal da parede...

Humor com humor se paga - XXI: O humor light e amarelo

Até o humor em Portugal agora é light e amarelo. E ao fim de semana condiz com céu carregado, horizontes curtos, pensamentos baixos e emoções poucas (ou nenhumas)... Em boa verdade, o humor nacional está como o país, está de tanga (o nosso primeiro dixit)... O melhor que eu, Blogador, posso fazer é pedir-vos o favor de dar viagra ao astral, ao individual e ao colectivo...

Ainda por cima a banda (larga) está mais para o estreito do que para o largo... Eu saí da Netcabo para me meter nas mãos de outros mafiosos, o Clix ADSL Turbo... Agora armam-se em vítimas e pedem a solidariedade dos clientes contra a toda poderosa PT. Mas esta guerra não é minha...

As melhoras para o António P. L. que também faz parte desta anónima lista de ciberamig@s bem humorad@s e que vai passar este fim de semana no hospital, sem tocar no teclado!... (Como é possível, com esta nossa crescente ciberdependência ?). Coitado: nem sequer os cacilheiros vai poder ver da janela do 7º piso com vista para o Real Estuário do Tejo, uma das nossas últimas jóias da Coroa... O António vai tentar enfiar a banda (a outra, a da milagrosa cura do emagrecimento) pelo bucho abaixo. Para ver se perde uns quilos e poupa o coração e o orçamento.

Os seus amigos só podem desejar-lhe que regresse rápido, são e salvo, que hoje em dia é uma aventura ir para uma Hospital S. A. Sabe-se como se entra, nunca se sabe como se sai...

Em honra dele, e graças à Paula C., outra das nossas ciberfornecedores da nossa loja dos bons humores, aqui vai um peça de humor light e amarelo:

Ontem, quinta-feira, o meu chefe chamou um dos nossos colegas de escritório (um daqueles que ele tem um especial prazer sádico em assediar) e disse-lhe:

- Oiça lá, ó Zé António, aposto que este fim de semana você gostaria de me ver morto e bem morto, só para cuspir em cima do meu caixão e calcar o meu cadáver aos seus pés!
- Nem por isso, ó Chefe. Sabe, detesto estar horas e horas na bicha.

Dizem que o homem ficou branco como a cal da parede...

05 fevereiro 2004

Portugal sacro-profano - XIV: Grande poeta é o Zé Portuga

A frase banalizou-se no tempo do Estado Novo, quando a recém nascida RTP tinha um concurso, nos idos tempos de 1967/68, de triste memória para mim (mancebo, em idade militar), que dava justamente pelo título de Grande Poeta é o Povo. Um programa, se bem me lembro, apresentado pelo Artur Agostinho.



Ora ainda hoje dizem que ele (o Zé Portuga), já na escola não gostava nem de português nem de matemática !!! Eu acho que não, a avaliar por este naco de poesia e de matemática, do melhor quilate, que me chegou às mãos:



Quem 60 ao teu lado

e 70 por ti,

vai certamente rezar 1/3

para arranjar 1/2 de te levar

para 1/4

e ter a coragem de te dizer:

20 comer!!!




Se fosse um poeta da nossa praça, consagrado, cota, chato pra burro, com assento na História da Literatura dos Portugas, ele escreveria assim na soletradíssima língua de Camões:



Quem se senta ao teu lado

e se tenta por ti

vai certamente rezar um terço

para arranjar um meio de te levar

para um quarto

e ter a coragem de te dizer:

vim-te comer!




Bem lidas e vistas as coisas, não há povo como o portuga para mandar a sua rima, o seu verso, a sua quadra ou até o seu soneto à parede. Aliás, basta ver as paredes de Lisboa & arredores, pintadas de fresco a seguir a um jogo da bola entre os grandes.

Portugal sacro-profano - XIV: Grande poeta é o Zé Portuga

A frase banalizou-se no tempo do Estado Novo, quando a recém nascida RTP tinha um concurso, nos idos tempos de 1967/68, de triste memória para mim (mancebo, em idade militar), que dava justamente pelo título de Grande Poeta é o Povo. Um programa, se bem me lembro, apresentado pelo Artur Agostinho.

Ora ainda hoje dizem que ele (o Zé Portuga), já na escola não gostava nem de português nem de matemática !!! Eu acho que não, a avaliar por este naco de poesia e de matemática, do melhor quilate, que me chegou às mãos:

Quem 60 ao teu lado
e 70 por ti,
vai certamente rezar 1/3
para arranjar 1/2 de te levar
para 1/4
e ter a coragem de te dizer:
20 comer!!!


Se fosse um poeta da nossa praça, consagrado, cota, chato pra burro, com assento na História da Literatura dos Portugas, ele escreveria assim na soletradíssima língua de Camões:

Quem se senta ao teu lado
e se tenta por ti
vai certamente rezar um terço
para arranjar um meio de te levar
para um quarto
e ter a coragem de te dizer:
vim-te comer!


Bem lidas e vistas as coisas, não há povo como o portuga para mandar a sua rima, o seu verso, a sua quadra ou até o seu soneto à parede. Aliás, basta ver as paredes de Lisboa & arredores, pintadas de fresco a seguir a um jogo da bola entre os grandes.

02 fevereiro 2004

Portugas que merecem as nossas palmas - V: O GEAL - Museu da Lourinhã

Eles são o Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL). Começaram pela espeleologia, aventuraram-se pela arqueologia, calcorrearam o concelho em busca do património etnográfico em vias de se perder e por fim concentraram o melhor da sua energia e saber na paleontologia, com destaque para a paleontologia dos dinossauros. Ou fizeram tudo isto ao mesmo tempo. Nasceram há coisa de vinte e tal anos. São por isso um grupo de gente jovem.



Hoje têm uma das mais valiosas colecções de fósseis de dinossauros e outros répteis, do Jurássico Superior (c. 150 milhões de anos), não só a nível do país como até do resto da Europa. Têm seguramente a melhor exposição permanente de dionossauros em Portugal. Têm igualmente um interessante espólio na área arqueológica e sobretudo na área da etnografia agrícola e das profissões. Têm ainda muitos sonhos e projectos, incluindo o do futuro Museu do Jurássico.



O GEAL é uma associação privada, que vive das quotas dos seus sócios (duas escassas centenas), das receitas de bilheteira do museu da Lourinhã, da venda de artigos diversos (incluindo réplicas de fósseis) e de alguns subsídios de entidades públicas, com destaque para a Câmara Municipal da Lourinhã, cuja sensibilidade cultural e social merece o meu apreço.



Num orçamento de 100 mil euros, o contributo da autarquia local é de cerca de um terço da receita total do GEAL, fora outros importantes apoios, nomeadamente logísticos (máquinas, equipamentos, instalações, pessoal).



Com cinco colaboradores remunerados e a tempo inteiro (incluindo um doutorando em paleontologia dos dinossauros, o Dr. Octávio Mateus, já hoje um cientista de renome internacional, tendo como orientador de tese o Prof. Dr. Teles Antunes, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), o GEAL vive sobretudo da paixão e da generosidade de um pequeno grupo de jovens (e de alguns menos jovens). Paixão pela vida, pela terra, pelos seres que o habitam ou habitaram, pela história, pela ciência, pela cultura, pelo património. Amor também pela sua terra, a Lourinhã.



Quanto à palavra generosidade, ela aqui significa roubar muitas horas da sua (deles) vida pessoal e familiar pela coisa pública, pela pesquisa, estudo, conhecimento e divulgação do nosso património cultural (que não pode ser apropriado por ninguém).



Como muitas outras modestas associações privadas de interesse público, espalhadas por esse país fora, o GEAL é um pequeno exemplo da vitalidade da nossa sociedade civil, da capacidade de sonhar e de realizar dos portugas... Foi, de resto, com gratidão, admiração, reconhecimento e esperança que eu assisti ontem a uma cerimónia singela, a da reabertura do Museu da Lourinhã, agora ampliado e remodelado, oferecendo aos seus visitantes (mais de 16 mil em 2003) novos motivos de interesse, conhecimento, lazer, prazer e maravilhamento.



Insisto na palavra esperança, até porque, simbolicamente ou não, ontem estava uma manhã de sol radioso na "capital dos dinossauros" enquanto chovia na outra capital, a dos portugas e do poder: a esperança de ver, dentro em breve, o início da concretização do projecto do Museu do Jurássico que alguns, mais cépticos ou críticos, acharam (ou são capazes ainda de achar) megalómano, faraónico, eleitoralista, bairrista...



Julgo que terá sido Fernando Pessoa a dizer (ou, se não foi ele, bem poderia ter sido!) que quando um portuga sonha alto e bom som, há logo alguém que o acusa de estar fora de escala e de ser doido varrido... Eu acrescentaria (se me permitem a vaidade e a veleidade de tabaquear o caso com o grande poeta): Quando dois ou mais portugas se juntam, sonham alto e começam a fazer coisas, com inovação, verdade, rigor e credibilidade, há sempre gente que se incomoda na cadeira da inércia e da mediocridade ou que é capaz até de achar que este país é um manicómio.



Foi bom ouvir um autarca socialista dizer, olhos nos olhos, ao lado de um jovem governador civil social-democrata, que este projecto (que a CM da Lourinhã apoia deste o início na sua qualidade de parceiro privilegiado do GEAL), é (i) um projecto nacional, que (ii) vai ser contemplado pelo próximo Plano Operacional da Cultura (POC) e que (iii) já foram desafectados da reserva agrícola nacional os 35 hectares de terra onde um belo dia há-de nascer o Museu e o Parque do Jurrássico (que o projecto arquitectónico e o modelo de gestão, esses, já existem no papel)... Para deleite dos lourinhanenses, estremenhos, portugas, eurolandeses e outras desvairadas gentes que o irão visitar.



Mais: gostei de ouvir o senhor representante do povo local dizer que este projecto está acima da política e das agendas geralmente curtas dos nossos políticos, baseadas na contabilidade eleitoral do deve e do haver. Leia-se: acima da política politiqueira. O mesmo é dizer que é um projecto que exige o consenso, o apoio e o empenhamento de todos.



Mas é sobretudo para um punhado de gente magnífica que mantém este sonho de pé, que eu, Blogador, quero daqui mandar os meus aplausos. Sou suspeito por ser amigo deles (ou dalguns deles). Mas os amigos são (ou devem ser) mesmo para as ocasiões. E a ocasião não podia ser mais bem escolhida, quando reabre ao público o simpático museu da Lourinhã.



Não vou aqui citar uma longa lista de nomes, porque seria injusto para com muita gente que colabora ou já colaborou com o GEAL e que eu nem sequer conheço. Nem aqui os nomes são o mais importante. Em nome deles todos, presto a minha pequena homenagem a um homem e uma mulher que são membros fundadores do GEAL e a cuja saudável loucura muito se deve o sonho de hoje e a realidade de amanhã.



A Isabel e o Horácio Mateus (o anónimo casal de lourinhanenses que a redacção do Expresso elegeu, para surpresa geral, como figuras nacionais de 1997, pelo seu trabalho de investigação e divulgação na área da paleontologia dos dinossauros), são apenas a ponta de um pequeno iceberg O que é reconfortante é saber que o seu testemunho já passou para a geração seguinte, a dos seus filhos e a dos amigos dos seus filhos. Um chicoração muito especial para eles, extensível ao Sr. Dário de Matos, o decano e o presidente da direcção do GEAL. Deixem-me dizer-vos que é tocante o entusiasmo deste homem, exemplo de grande lourinhanse e de cidadão interventivo.

Portugas que merecem as nossas palmas - V: O GEAL - Museu da Lourinhã

Eles são o Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL). Começaram pela espeleologia, aventuraram-se pela arqueologia, calcorrearam o concelho em busca do património etnográfico em vias de se perder e por fim concentraram o melhor da sua energia e saber na paleontologia, com destaque para a paleontologia dos dinossauros. Ou fizeram tudo isto ao mesmo tempo. Nasceram há coisa de vinte e tal anos. São por isso um grupo de gente jovem.

Hoje têm uma das mais valiosas colecções de fósseis de dinossauros e outros répteis, do Jurássico Superior (c. 150 milhões de anos), não só a nível do país como até do resto da Europa. Têm seguramente a melhor exposição permanente de dionossauros em Portugal. Têm igualmente um interessante espólio na área arqueológica e sobretudo na área da etnografia agrícola e das profissões. Têm ainda muitos sonhos e projectos, incluindo o do futuro Museu do Jurássico.

O GEAL é uma associação privada, que vive das quotas dos seus sócios (duas escassas centenas), das receitas de bilheteira do museu da Lourinhã, da venda de artigos diversos (incluindo réplicas de fósseis) e de alguns subsídios de entidades públicas, com destaque para a Câmara Municipal da Lourinhã, cuja sensibilidade cultural e social merece o meu apreço.

Num orçamento de 100 mil euros, o contributo da autarquia local é de cerca de um terço da receita total do GEAL, fora outros importantes apoios, nomeadamente logísticos (máquinas, equipamentos, instalações, pessoal).

Com cinco colaboradores remunerados e a tempo inteiro (incluindo um doutorando em paleontologia dos dinossauros, o Dr. Octávio Mateus, já hoje um cientista de renome internacional, tendo como orientador de tese o Prof. Dr. Teles Antunes, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), o GEAL vive sobretudo da paixão e da generosidade de um pequeno grupo de jovens (e de alguns menos jovens). Paixão pela vida, pela terra, pelos seres que o habitam ou habitaram, pela história, pela ciência, pela cultura, pelo património. Amor também pela sua terra, a Lourinhã.

Quanto à palavra generosidade, ela aqui significa roubar muitas horas da sua (deles) vida pessoal e familiar pela coisa pública, pela pesquisa, estudo, conhecimento e divulgação do nosso património cultural (que não pode ser apropriado por ninguém).

Como muitas outras modestas associações privadas de interesse público, espalhadas por esse país fora, o GEAL é um pequeno exemplo da vitalidade da nossa sociedade civil, da capacidade de sonhar e de realizar dos portugas... Foi, de resto, com gratidão, admiração, reconhecimento e esperança que eu assisti ontem a uma cerimónia singela, a da reabertura do Museu da Lourinhã, agora ampliado e remodelado, oferecendo aos seus visitantes (mais de 16 mil em 2003) novos motivos de interesse, conhecimento, lazer, prazer e maravilhamento.

Insisto na palavra esperança, até porque, simbolicamente ou não, ontem estava uma manhã de sol radioso na "capital dos dinossauros" enquanto chovia na outra capital, a dos portugas e do poder: a esperança de ver, dentro em breve, o início da concretização do projecto do Museu do Jurássico que alguns, mais cépticos ou críticos, acharam (ou são capazes ainda de achar) megalómano, faraónico, eleitoralista, bairrista...

Julgo que terá sido Fernando Pessoa a dizer (ou, se não foi ele, bem poderia ter sido!) que quando um portuga sonha alto e bom som, há logo alguém que o acusa de estar fora de escala e de ser doido varrido... Eu acrescentaria (se me permitem a vaidade e a veleidade de tabaquear o caso com o grande poeta): Quando dois ou mais portugas se juntam, sonham alto e começam a fazer coisas, com inovação, verdade, rigor e credibilidade, há sempre gente que se incomoda na cadeira da inércia e da mediocridade ou que é capaz até de achar que este país é um manicómio.

Foi bom ouvir um autarca socialista dizer, olhos nos olhos, ao lado de um jovem governador civil social-democrata, que este projecto (que a CM da Lourinhã apoia deste o início na sua qualidade de parceiro privilegiado do GEAL), é (i) um projecto nacional, que (ii) vai ser contemplado pelo próximo Plano Operacional da Cultura (POC) e que (iii) já foram desafectados da reserva agrícola nacional os 35 hectares de terra onde um belo dia há-de nascer o Museu e o Parque do Jurrássico (que o projecto arquitectónico e o modelo de gestão, esses, já existem no papel)... Para deleite dos lourinhanenses, estremenhos, portugas, eurolandeses e outras desvairadas gentes que o irão visitar.

Mais: gostei de ouvir o senhor representante do povo local dizer que este projecto está acima da política e das agendas geralmente curtas dos nossos políticos, baseadas na contabilidade eleitoral do deve e do haver. Leia-se: acima da política politiqueira. O mesmo é dizer que é um projecto que exige o consenso, o apoio e o empenhamento de todos.

Mas é sobretudo para um punhado de gente magnífica que mantém este sonho de pé, que eu, Blogador, quero daqui mandar os meus aplausos. Sou suspeito por ser amigo deles (ou dalguns deles). Mas os amigos são (ou devem ser) mesmo para as ocasiões. E a ocasião não podia ser mais bem escolhida, quando reabre ao público o simpático museu da Lourinhã.

Não vou aqui citar uma longa lista de nomes, porque seria injusto para com muita gente que colabora ou já colaborou com o GEAL e que eu nem sequer conheço. Nem aqui os nomes são o mais importante. Em nome deles todos, presto a minha pequena homenagem a um homem e uma mulher que são membros fundadores do GEAL e a cuja saudável loucura muito se deve o sonho de hoje e a realidade de amanhã.

A Isabel e o Horácio Mateus (o anónimo casal de lourinhanenses que a redacção do Expresso elegeu, para surpresa geral, como figuras nacionais de 1997, pelo seu trabalho de investigação e divulgação na área da paleontologia dos dinossauros), são apenas a ponta de um pequeno iceberg O que é reconfortante é saber que o seu testemunho já passou para a geração seguinte, a dos seus filhos e a dos amigos dos seus filhos. Um chicoração muito especial para eles, extensível ao Sr. Dário de Matos, o decano e o presidente da direcção do GEAL. Deixem-me dizer-vos que é tocante o entusiasmo deste homem, exemplo de grande lourinhanse e de cidadão interventivo.