(i) Ah!, este Portugal caceteiro, reaccionário, castiço, afadistado, arrogante, prepotente, troglodita, fascistóide, psicótico!... O Portugal do Senhor Dom Miguel e do Remexido!...
(ii) Eu que fiz daquela terra a minha terceira terra, tenho pena que este primata antissocial ainda seja o pequeno rei & roque do Marco de Canaveses, a terra que é berço da artista Carmen Miranda, do Eng. Belmiro de Azevedo e de um bom lote dos meus amigos e familiares (gente de cinco estrelas, como por lá se diz!)
(iii) Castigat ridendo mores: Que ao menos seja pelo humor, pelo riso, que a gente castigue estes pouco brandos costumes ancestrais...
(iv) É expondo-os ao ridículo do écrã da televisão ou da grande pantalha da blogosfera, perante milhões de portugas, que estes energúmenos acabam por sair de cena... Pode levar o seu tempo, mas acabam por passar de moda... Eu sei que na próxima telenovela aparecerão outros com maneiras mais sofisticadas, com new look, com outra Kultura Democrática e outra Etiketa Social...
(v) O que é intrigante são as cumplicidades de que estes e outros avelinos parecem beneficiar, entre os tentáculos do Estado-polvo e as enguias do poder do dinheiro; são os diabretes que a democracia pós-abrilista acabou por gerar no seu ventre ubérrimo, generoso mas nem sempre lúcido e inteligente.
blogue-fora-nada. homo socius ergo blogus [sum]. homem social logo blogador. em sociobloguês nos entendemos. o port(ug)al dos (por)tugas. a prova dos blogue-fora-nada. a guerra colonial. a guiné. do chacheu ao boe. de bissau a bambadinca. os cacimbados. o geba. o corubal. os rios. o macaréu da nossa revolta. o humor nosso de cada dia nos dai hoje.lá vamos blogando e rindo. e venham mais cinco (camaradas). e vieram tantos que isto se transformou numa caserna. a maior caserna virtual da Net!
16 junho 2004
Portugas que merecem os nossos assobios - III: Os avelinos
(i) Ah!, este Portugal caceteiro, reaccionário, castiço, afadistado, arrogante, prepotente, troglodita, fascistóide, psicótico!... O Portugal do Senhor Dom Miguel e do Remexido!...
(ii) Eu que fiz daquela terra a minha terceira terra, tenho pena que este primata antissocial ainda seja o pequeno rei & roque do Marco de Canaveses, a terra que é berço da artista Carmen Miranda, do Eng. Belmiro de Azevedo e de um bom lote dos meus amigos e familiares (gente de cinco estrelas, como por lá se diz!)
(iii) Castigat ridendo mores: Que ao menos seja pelo humor, pelo riso, que a gente castigue estes pouco brandos costumes ancestrais...
(iv) É expondo-os ao ridículo do écrã da televisão ou da grande pantalha da blogosfera, perante milhões de portugas, que estes energúmenos acabam por sair de cena... Pode levar o seu tempo, mas acabam por passar de moda... Eu sei que na próxima telenovela aparecerão outros com maneiras mais sofisticadas, com new look, com outra Kultura Democrática e outra Etiketa Social...
(v) O que é intrigante são as cumplicidades de que estes e outros avelinos parecem beneficiar, entre os tentáculos do Estado-polvo e as enguias do poder do dinheiro; são os diabretes que a democracia pós-abrilista acabou por gerar no seu ventre ubérrimo, generoso mas nem sempre lúcido e inteligente.
(ii) Eu que fiz daquela terra a minha terceira terra, tenho pena que este primata antissocial ainda seja o pequeno rei & roque do Marco de Canaveses, a terra que é berço da artista Carmen Miranda, do Eng. Belmiro de Azevedo e de um bom lote dos meus amigos e familiares (gente de cinco estrelas, como por lá se diz!)
(iii) Castigat ridendo mores: Que ao menos seja pelo humor, pelo riso, que a gente castigue estes pouco brandos costumes ancestrais...
(iv) É expondo-os ao ridículo do écrã da televisão ou da grande pantalha da blogosfera, perante milhões de portugas, que estes energúmenos acabam por sair de cena... Pode levar o seu tempo, mas acabam por passar de moda... Eu sei que na próxima telenovela aparecerão outros com maneiras mais sofisticadas, com new look, com outra Kultura Democrática e outra Etiketa Social...
(v) O que é intrigante são as cumplicidades de que estes e outros avelinos parecem beneficiar, entre os tentáculos do Estado-polvo e as enguias do poder do dinheiro; são os diabretes que a democracia pós-abrilista acabou por gerar no seu ventre ubérrimo, generoso mas nem sempre lúcido e inteligente.
Blogantologia(s) - XIII: Para ti
Para ti, A., em jeito de poemacção, de poemafeição, de poemamor, de poemagradecimento, de poemapoio ou tão só de poemassombração. Como quiseres, que em poesia não há relações lineares de causa-efeito.
Quanto é bom voltar a ver-te voar
gaivota deusa alada
cortas fundo o branco
da manhã
e até ao cabo mais ocidental
do meu corpo
quero-te e espero-te
a viajar
no último comboio da madrugada
até ao fim até ao sul
paro escuto e olho
os semáforos do nevoeiro no país verde-rubro
mas já a maré enche de azul
as praças da cidade
e tu amor sem arribar
porto seguro e encantatório
ilha secreta gruta radar
com uma palmeira à janela
e uma bandeira em cada promontório
dizem que és filha da liberdade
do rio e da foz do vulcão e da lava
e em dias de neblina também és oásis
aldeia palafita e ponto final
entre as arribas e a praia-mar
não olhei para o calendário
nas paredes da falésia
nem fixei o dia o mês o ano ou a era
mas hoje o teu voo é preclaro sinal
de primavera
ponho um cêdê do fado novo
paro escuto perscruto
o telefone os búzios a guitarra
mas tu amante sibila cartomante
sem aportar
frias são as estrias do poema
e hirto o sax-grito
do último navio na noite
mas a letra do fado me diz
que tu gaivota deusa alada
estás p’ra chegar.
quanto é bom voltar a ver-te
voar.
28.3.1985
16.6.2004
Quanto é bom voltar a ver-te voar
gaivota deusa alada
cortas fundo o branco
da manhã
e até ao cabo mais ocidental
do meu corpo
quero-te e espero-te
a viajar
no último comboio da madrugada
até ao fim até ao sul
paro escuto e olho
os semáforos do nevoeiro no país verde-rubro
mas já a maré enche de azul
as praças da cidade
e tu amor sem arribar
porto seguro e encantatório
ilha secreta gruta radar
com uma palmeira à janela
e uma bandeira em cada promontório
dizem que és filha da liberdade
do rio e da foz do vulcão e da lava
e em dias de neblina também és oásis
aldeia palafita e ponto final
entre as arribas e a praia-mar
não olhei para o calendário
nas paredes da falésia
nem fixei o dia o mês o ano ou a era
mas hoje o teu voo é preclaro sinal
de primavera
ponho um cêdê do fado novo
paro escuto perscruto
o telefone os búzios a guitarra
mas tu amante sibila cartomante
sem aportar
frias são as estrias do poema
e hirto o sax-grito
do último navio na noite
mas a letra do fado me diz
que tu gaivota deusa alada
estás p’ra chegar.
quanto é bom voltar a ver-te
voar.
28.3.1985
16.6.2004
Blogantologia(s) - XIII: Para ti
Para ti, A., em jeito de poemacção, de poemafeição, de poemamor, de poemagradecimento, de poemapoio ou tão só de poemassombração. Como quiseres, que em poesia não há relações lineares de causa-efeito.
Quanto é bom voltar a ver-te voar
gaivota deusa alada
cortas fundo o branco
da manhã
e até ao cabo mais ocidental
do meu corpo
quero-te e espero-te
a viajar
no último comboio da madrugada
até ao fim até ao sul
paro escuto e olho
os semáforos do nevoeiro no país verde-rubro
mas já a maré enche de azul
as praças da cidade
e tu amor sem arribar
porto seguro e encantatório
ilha secreta gruta radar
com uma palmeira à janela
e uma bandeira em cada promontório
dizem que és filha da liberdade
do rio e da foz do vulcão e da lava
e em dias de neblina também és oásis
aldeia palafita e ponto final
entre as arribas e a praia-mar
não olhei para o calendário
nas paredes da falésia
nem fixei o dia o mês o ano ou a era
mas hoje o teu voo é preclaro sinal
de primavera
ponho um cêdê do fado novo
paro escuto perscruto
o telefone os búzios a guitarra
mas tu amante sibila cartomante
sem aportar
frias são as estrias do poema
e hirto o sax-grito
do último navio na noite
mas a letra do fado me diz
que tu gaivota deusa alada
estás p’ra chegar.
quanto é bom voltar a ver-te
voar.
28.3.1985
16.6.2004
Quanto é bom voltar a ver-te voar
gaivota deusa alada
cortas fundo o branco
da manhã
e até ao cabo mais ocidental
do meu corpo
quero-te e espero-te
a viajar
no último comboio da madrugada
até ao fim até ao sul
paro escuto e olho
os semáforos do nevoeiro no país verde-rubro
mas já a maré enche de azul
as praças da cidade
e tu amor sem arribar
porto seguro e encantatório
ilha secreta gruta radar
com uma palmeira à janela
e uma bandeira em cada promontório
dizem que és filha da liberdade
do rio e da foz do vulcão e da lava
e em dias de neblina também és oásis
aldeia palafita e ponto final
entre as arribas e a praia-mar
não olhei para o calendário
nas paredes da falésia
nem fixei o dia o mês o ano ou a era
mas hoje o teu voo é preclaro sinal
de primavera
ponho um cêdê do fado novo
paro escuto perscruto
o telefone os búzios a guitarra
mas tu amante sibila cartomante
sem aportar
frias são as estrias do poema
e hirto o sax-grito
do último navio na noite
mas a letra do fado me diz
que tu gaivota deusa alada
estás p’ra chegar.
quanto é bom voltar a ver-te
voar.
28.3.1985
16.6.2004
Subscrever:
Mensagens (Atom)