Força Aérea Portuguesa (FAP) > Museu do Ar > Alverca > Imagem de um DO 27
© Museu do Ar - Alverca (2006) (com a devida vénia...) (1)
1. Texto de Victor Barata, ex-especialista da Força Aérea Portuguesa, MELEC (1) de Aviões e Instrumentos de Bordo, Guiné, 1971/73.
Luis Graça, não tenho a honra de te conhecer mas tenho o privilégio de ser, há uns dois meses a esta parte, um assíduo [visitante] e admirador do teu site Blogue-Fora Nada. Parabéns!
Por diversas vezes redigi um artigo com um assunto que me traz no peito há 35 anos, relativo a uma episódio passado na Guiné, mas sempre achei que era inoportuno da minha parte estar a meter a foice em seara alheia e como tal nunca tive a coragem de o enviar.
Isto tudo, porquê? Porque servi, com muito orgulho, a Força Aérea Portuguesa (FAP)!
Para meu espanto e alegria em paralelo, aparece um companheiro da Armada (2) e de imediato tu a salientares a falta de um da FAP!
Pois, do que é que eu estou à espera para entrar nesta maravilhosa colectânea de recordações de toda a espécie e saudar todos os que me vão receber, e a ti agradecer esta minha primeira intervenção ?!
Fui Especialista da FAP, na área dos Instrumentos de Bordo, de 1969 a 1974. Fiz a Guiné de 1971 a 73, na linha da frente das DO 27. Conheço tudo o que era sítio onde havia a pista de aterragem para este tipo de aeronave.
Oportunamente, se me for permitido, contarei o tal episódio que tenho preso há 35 anos!
Bem hajas! Victor Barata.
2. Comentário de L.G.:
Victor: A pista pode ser curta mas é toda tua... Na nossa caserna cabem todos os camaradas, sejam eles terrestres, voadores ou ambífios. A FAP, tão dignamente representada por ti, é bem especialmente bem vinda à nossa tertúlia e ao nosso blogue... Por mim, sempre tive uma especial admiração pelos malucos das dessas máquinas voadoras que eram as DO 27 e que nos traziam notícias do mundo, do outro do mundo... Já não gostava tanto quando elas, em vez do carteiro, transportavam o senhor major de operações ou do senhor comandante de qualquer coisa... Ou sejam, quando de frágil caranguejola eram promovidas a um coisa que pomposamente se chamava o PCV.
Um reparo: o blogue chama-se Luís Graça & Camaradas da Guiné > Blogue-fora-nada. Eu sou apenas o editor. A partir de hoje o blogue também é teu, de pleno direito. Vou publicar o texto adicional que me mandaste, e que é um bonito testemunho de solidariedade em tempo de guerra, ou seja, de camaradgem. Se tiveres fotos desses tempos que já lá vão, manda, que os tertulianos têm ainda a ilusão de que recordar é viver...
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Notas de L.G.
(1) No sítido do Museu do Ar, em Alverca (e que está aberto das 10 às 17 - Jul, Ago e Set, das 10 às 18 -, encerrando à segunda-feira, 1 de Jan, Domingo de Páscoa e 24 e 25 de Dez), pode ler-se o seguinte sobre a história do DO 27 em Portugal:
"Os aviões Do 27, de que a Força Aérea teve 133 exemplares nas versões A3 e A4, começaram a ser recebidos em 1961. Estes aviões foram adquiridos para operação no Ultramar, em missões de transporte ligeiro, evacuação sanitária e reconhecimento armado - para o que era equipado com lança foguetes - e operaram, praticamente, de todas as unidades do Ultramar. No fim das hostilidades alguns aviões foram cedidos aos novos países independentes e os restantes voltaram para a Metrópole onde serviram até 1979. O Museu do Ar tem 3 Do 27 estando todos a voar".
(2) Vd. post de 21 de Abril de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXXIII: Apresenta-se o Imediato da NRP Orion (1966/68) e 1º tenente da reserva naval Lema Santos
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