Estavam um inglês, um francês e um portuga num bar irlandês, junto á zona ribeirinha do Tejo, quando o inglês diz aos outros:
- Ei, man, esse gajo que acabou de entrar é mesmo igualzinho ao Jesus Cristo!
- O quê, meu ? – perguntou o portuga, incrédulo.
- Impossible, ele morreu há dois mil anos ! - arrematou o francês.
- Estou-vos a dizer. A barba, a túnica....
O inglês levanta-se, dirige-se ao recém chegado e pergunta:
- Man, tu és o Jesus Cristo, não é verdade?
-Eu? Que ideia!
-Não tenho dúvidas. Tu és mesmo o Jesus Cristo.
-Já te disse que não... Mas fala mais baixinho, if you please!
- I'm sure, tu és o filho de Deus Pai, Todo Poderoso!
Depois de tanta insistência, o homem acabou por confessar a verdade:
-Sou efectivamente o Jesus Cristo, estou de férias, de passagem por Lisboa... mas não digas a ninguém, senão isto fica aqui um pandemónio.
-Fiz uma lesão no joelho em pequeno. Cura-me, My Lord!
-Milagres, não, meu filho. Tu vais contar aos teus amigos e eu passo a tarde a trabalhar.
O inglês tanto insiste que Jesus Cristo põe-lhe a mão sobre o joelho e cura-o.
-Obrigado, Senhor! Many thanks, many thanks!-, disse emocionado o inglês
-Sim, sim. Mas não grites e vai-te embora. Não contes nada a ninguém.
Claro que o ingês, mal chegou à mesa, desbundou, contou tudo aos amigos. O francês levantou-se logo e dirigiu-se a ele.
- Mon ami anglais m' a dit que tu es le fils du Seigneur... E que operaste um grande milagre. Sou um pobre marinheiro, tenho um olho de vidro... Un accident de travail, à la mer. Cura-me, por favor.
-Não sou nada Jesus Cristo. Fala baixinho.
O francês tanto lhe rogou que Jesus Cristo acabou também por passar-lhe a mão pelos olhos e curou-o.
-Vai-te agora embora, garçon, e não contes nada a ninguém.
Mas Jesus Cristo bem o viu a contar a grande maravilha aos amigos. Curioso, ficou à espera de ver o português levantar-se e ir ter com ele. O tempo foi passando e nada. Tomou então a iniciativa de dirigir-se à mesa dos três amigos e, pondo a mão sobre o ombro do portuga, começou a reinar com ele:
-Então, ó meu, tu não queres.....
O português levantou-se de um salto e afastou-se do alegado filho de Deus, com maus modos:
-Eh, pá, tira as manápulas de cima, que eu estou de baixa!
Moral da história:
Este era o milagre que o São Bagão Félix certamente gostaria que Jesus Cristo fizesse, na suas curtas férias de Lisboa, já que todos os anos há 800 mil portugueses com baixa, a cargo do Regime Geral da Segurança Social, custando cerca de 100 milhões de contos de subsídio por doença (incluindo a tuberculose)... Depois da promulgação do Código do trabalho, isto seria ouro sobre azul, o verdadeiro grande milagre: o regresso da malandragem toda ao trabalho!...
No caso desta história, bem poderia aplicar-se ao malandro do portuga o provérbio: "Faz bem ao vilão, morder-te-á a mão; castiga o vilão, beijar-te-á a mão".
Fonte: (Ex)citações de cada dia: Fóruns sobre Segurança e Saúde no Trabalho
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