Há bué da taime havia uma garina cujo cota já tinha esticado o pernil e que vivia com a chunga da madrasta e as melgas das filhas dela. A Cinderela, Cindy p'ras amigas, parecia que vivia na prisa, sem tempo sequer p’ra enviar uns meiles. Com este desatino só lhe apetecia dar de frosques, porque a madrasta fazia-lhe bué de cenas. Foi então que a Cindy fica a saber da alta desbunda que ia acontecer:
- Uma party!
A gaja curtiu logo a ideia, mas as outras chavalas cortaram-lhe as bases. Ela ficou completamente passadunte, mas depois de andar à toa num coche, apareceu-lhe uma fada baril que lhe abichou uma farda baita bacana e ela ficou a parecer uma ganda febra. Só que ela só se podia afiambrar da cena até ao bater da 12 badaladas da midnaite. A tipa mordeu o esquema e foi pra a borga sempre a abrir, tás a ver. Ao entrar na party topou um mano cheio de papel, que era bom comó milho e que logo ali a galou. Aí a Cindy passou-se dos carretos e desbundaram.
Ía a naite muita louca até que ao ouvir as doze badaladas do sino ela teve de se axandrar e bazou. O mitra ficou completamente abardinado quando ela deu de frosques e foi atrás dela, mas só encontrou pelo caminho o chanato da dama. No dia seguinte, com uma alta fezada, meteu-se nos calcantes e foi à procura de um chispe que entrasse no dito chanato. Como era um alta cromo, teve uma vaca descomunal e encontrou a maluca, para ganda desatino das outras fatelas que tiveram um ganda vaipe quando souberam que eles iam juntar os trapinhos.
No final da cena, vemos a garina e o chavalo a curtirem largo. Diz a história que foram bué de felizes e tiveram bué de chavalitos e chavalitas.
Moral da história:
Fogo!, agora é que a gente vê como eram sensaboronas (leia-se: sem sal nem pimenta) as histórias da carochinha que as nossas avozinhas nos contavam quando éramos chavalitos!... Também nesse tempo não havia reality shows... nem electricidade... nem televisão... nem playstations... nem internet! Fogo, não havia mesmo nada!
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