22 julho 2005

Guiné 63/74 - CXVIII: Antologia (9): Dossiê Guiné (Vida Mundial, 1971) (2ª parte)

Prosseguimos a publicação de "Para um dossier Guiné - A guerrilha e o contra-ataque". Vida Mundial. 19 de Fevereiro de 1971. 2ª parte. Selecção e notas do nosso amigo e camarada de tertúlia A. Marques Lopes.



O CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS DE LISBOA


Em 1948, três estudantes africanos - que viviam, como muitos outros, em Lisboa, na Casa dos Estudantes do Império - decidiram formar um centro de estudos africanos. Curiosamente, regista-se que esses três estudantes eram Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Mário de Andrade.

Manifestaram o interesse que tinham pelas línguas africanas para conseguir as necessárias autorizações para a fundação do Centro e adquiriram, assim, os meios para, com toda a legalidade, se reunirem, discutirem e, ainda, reafricanizarem-se, aprendendo as línguas dos povos de onde eram originários.

Entretanto, Andrade revelou-se um poeta na sua língua natal – o quimbundo -, Cabral continua os seus estudos sobre hidráulica, para se formar em Engenharia, e Neto, outro estudante de quimbundo, pretende formar-se em Medicina. As suas discussões levaram-nos à conclusão, por convicção, de que uma revolução, sob uma forma ou outra, seria necessária em qualquer momento para libertar cada um dos seus territórios e acreditaram que esse momento estava já próximo. Tornaram-se, portanto, revolucionários e separaram-se.

Agostinho Neto esteve várias vezes preso. Andrade refugiou-se em Paris, onde viveu conforme podia, até desempenhar o cargo de chefe da redacção da revista «Presença Africana». Cabral, por sua vez, volta à Guiné, como engenheiro-agrónomo, onde trabalha na Administração local.

Durante dois anos (1952 a 1954), Amílcar Cabral trabalha na Guiné percorrendo o território em todas as direcções e adquirindo um conhecimento local detalhado. No entanto, em 1953, pronuncia um discurso contra a dominação portuguesa, facto que lhe causa alguns dissabores, pelo que regressa a Lisboa onde consegue arranjar colocação para uma plantação de açúcar em Angola. Ali, em Dezembro de 1956, com o seu antigo condiscípulo Agostinho Neto, torna-se fundador do M.P.L.A. (Movimento Popular para a Libertação de Angola), evidentemente, na clandestinidade.

Amílcar Cabral, que nunca deixara de estar em contacto com os seus conterrâneos, alguns meses antes da fundação do M.P.L.A., no decorrer de uma reunião efectuada em Bissau, tomou a direcção da organização do P.A.I.G.C., igualmente na clandestinidade. Abandonou Angola c dirigiu-se a Bissau. Nesta cidade despede-se da mãe e desaparece da cena legal.

Sabe-se, no entanto, mais tarde, que em 19 de Setembro de 1959 - um domingo -, os chefes do P.A.I.G.C. se reuniram, secretamente, num arrabalde de Bissau e declararam-se a favor do combate contra os portugueses, por todos os meios possíveis, até mesmo a luta armada.

Entre os assistentes a essa reunião encontravam-se, entre outros, Aristides Pereira, Rafael Barbosa, Luís Cabral e Fernando Fortes, tendo presidido Amílcar Cabral, desde logo reconhecido como chefe.


PROGRAMA DE ACÇÃO

Não existe qualquer documento do que se passou nessa reunião mas, segundo um relatório confidencial do partido, redigido imediatamente depois o seu teor e conclusões foram os seguintes:

«Tendo passado em revista a experiência de três anos de luta política clandestina e depois de analisar a situação política, na reunião de 19 de Setembro de 1959, constatou-se à luz da experiência de Pidgiguiti que, pela própria natureza do colonialismo português, a luta por todos os meios, compreendendo a armada, é a única via que pode conduzir à libertação do país. Em resultado da passagem a nova fase e seguindo o princípio «esperar o melhor preparando-se para o pior» adoptou-se o programa de acção seguinte:

1 - Mobilizar e organizar rapidamente as massas de trabalhadores que se têm revelado, segundo a experiência, a força principal da luta de libertação nacional;
2 - Reforçar a organização nos meios urbanos, mantendo-a na clandestinidade, evitando-se qualquer manifestação pública;
3 - Desenvolver e reforçar a unidade dos africanos de todos os grupos étnicos, de todas as origens e categorias sociais, em redor do partido;
4 - Preparar o maior número de quadros, tanto no interior como no exterior, para a direcção política da organização e para o desenvolvimento vitorioso da luta;
5 - Mobilizar os emigrantes nos territórios vizinhos, para servirem na luta da liberalização e no futuro do povo:
6 - Lutar pela obtenção de meios indispensáveis que conduzam a vitória na luta.
Para garantir a segurança de uma parte dos dirigentes e para assegurar o desenvolvimento da luta no exterior, o partido decidiu mudar o seu secretariado-geral para o estrangeiro.»


DISCREPÂNCIAS

Afirma que «Cabral, nascido em Bafatá, filho de pais cabo-verdianos, é engenheiro-agrónomo, tem cerca de 40 anos e é casado com uma senhora europeia, natural da Metrópole. Quando estudante, além de ter sido vice-presidente da Casa dos Estudantes do Império, terá fundado em 1949, em Lisboa, juntamente com Agostinho Neto e Mário de Andrade, o organismo denominado Centro de Estudos, Africanos. Após ter concluído o seu curso, regressou a Guiné onde exerceu funções nos serviços de agricultura e publicou alguns interessantes artigos da sua especialidade no «Boletim Cultural da Guiné Portuguesa». Parece possível que, durante o período que exerceu funções públicas, tivesse sido alvo de quaisquer agravos da parte de um ou outro irresponsável que o tivessem levado a negar-se a si próprio e a deixar-se arrastar por impulsos de amor-próprio ferido.

Ao justificar .esta última afirmação, Pereira Neto baseia-se no «Boletim Geral do Ultramar» (Ano XL1, número 482, Agosto de 1965, pág. 268) e num artigo de Dutra Faria intitulado «Na Guiné Portuguesa junto à Cortina de Ferro».

ESTRUTURA RELATIVAMENTE SÓLIDA

Ao referir-se às ajudas recebidas pelo P.A.l.G.C., Hélio Felgas assinala que cerca de um quarto do auxílio recebido pelo Comité de Libertação da O.U.A. para os movimentos africanos reverte hoje a favor do P.A.l.G.C. que, de longe, e considerado o movimento mais bem estruturado de toda a África. Da Rússia, o P.A.l.G.C. recebe a maior parte do armamento e dos fundos e nela são treinados elementos combatentes e pessoal sanitário, etc. Muitos encarregados dos reabastecimentos, civis e militares, estagiaram na Alemanha Oriental, na Jugoslávia, na Checoslováquia, na Roménia e em Cuba. Neste ultimo país são feitos os fardamentos, embora parte do tecido empregue seja proveniente da China Popular. E é Cuba que fornece os mercenários, quer militares quer civis (médicos e enfermeiros, em especial). Alguns dos principais chefes militares do P.A.I.G.C. estagiaram em Pequim - de onde o partido recebeu, também, armamento, medicamentos, etc.

A Coreia do Norte e a Frente de Libertação Nacional (Vietcong) do Vietname parece forneceram treino militar a alguns elementos do P.A.I.G.C. Não há dúvidas sobre a presença na Guiné de «observadores» vietcongs. «E pessoalmente - termina o coronel Hélio Folgas - acreditamos que mercenários vietcongs venham a substituir os cubanos (que poucos resultados têm conseguido). Com eles aparecerão, talvez, na Guiné os foguetões e a inegável eficiência técnico-militar com que os norte-americanos têm deparado no Vietname.»

P.A.I.G.C. - MOVIMENTO QUE COMBATE NA GUINÉ

O coronel, Hélio Folgas publicou, recentemente, na «Revista Militar» um estudo subordinado ao tema «Os movimentos subversivos africanos» no qual se refere, entre outros, ao movimento designado por P.A.I.G.C.

Num dos capítulos desse trabalho, aquele oficial do Exercito, ao tecer considerações acerca dos movimentos subversivos do Ultramar Português acentua, num passo designado por «generalidades»:

«Estes movimentos actuam nas três províncias continentais e são, actualmente, dos mais antigos da África. O de Angola exteriorizou a sua acção a partir de 4 de Fevereiro de 1961. O da Guiné começou em meados do mesmo ano e o de Moçambique desencadeou os primeiros actos terroristas em Setembro de 1964. São, também, os mais importantes da África, tanto no aspecto político internacional como na estrutura interna e no potencial militar (ver noutro local «Como funciona o «exército» do P.A.I.G.C.») dos seus grupos combatentes. Não há, praticamente, reunião internacional africana alguma onde os seus dirigentes não sejam acolhidos como representantes dos respectivos territórios.»

Ao descrever a actuação do P.A.I.G.C. na Guiné, o coronel Hélio Felgas acentua: «Actos esporádicos de terrorismo tiveram lugar no Noroeste da nossa Guiné, junto da fronteira senegalesa, desde meados de 1961. Estavam a cargo do M.L.G. e foram rapidamente dominados pelas forças portuguesas bem auxiliadas pelas populações locais. Reiniciados em 1963, não tiveram êxito diferente, dissolvendo-se na primeira metade de 1964.

«A verdadeira luta começou no Sul, no princípio de 1963, desencadeada pelo P.A.I.G.C., dirigido por Amílcar Cabral e amplamente auxiliado pelo Governo de Conakry.

«Os grupos combatentes do P.A.I.G.C. surgiram logo muito bem armados e, dada a exiguidade da ocupação militar da província, não tiveram dificuldade em se infiltrar até ao rio Geba, cortando os principais itinerários e montando emboscadas às forças que procuravam manter a ordem. Actuando pela persuasão, nuns casos, pela força, noutros, e pelo terror, nos restantes, o P.A.I.G.C. conseguiu levar grande parte das populações locais a acompanhar os seus grupos até aos locais de refugio habilmente camuflados nas florestas ou até à República da Guiné.»

Acrescenta, ainda, o coronel Hélio Folgas no seu trabalho a que nos vimos reportando:

«Em Julho de 1963, o P.A.I.G.C. estendeu as suas infiltrações até às espessas matas de Oio, já a norte do rio Geba, e em Janeiro de 1964 começou a actuar na área de Farim. Em Agosto deste ano realizou algumas acções terroristas no Gabu, no canto nordeste da província, e apareceu no Boé, no Sudeste, no final do ano. Mas, a primeira tentativa de chegar ao chão manjaco, a oeste, foi eficientemente desfeita pelas forças militares, em Novembro de 1964, e só conseguiu concretizar-se em meados de 1965.

«A actuação ao norte do rio Geba só ganhou alguma eficiência depois do P.A.I.G.C. ter estabelecido com o Governo senegalês o acordo de 21 de Março de 1966 . Até aí, a maior parte dos reabastecimentos para aquela região era transportada desde o Sul, atravessando quase toda a Guiné e sofrendo ataques das tropas portuguesas.»

O P.A.I.G.C. constituiu-se em 1956 e, em 1961, o movimento não era mais do que uma guarda avançada composta por homens e mulheres muito resolutos, ao qual se juntavam depois centenas de jovens voluntários que, pouco a pouco, adquiriram experiência e funções de direcção. Entre 13 e 17 de Fevereiro de 1964, os chefes do partido julgaram oportuno proceder à reorganização e à democratização do movimento. Reuniram-se num congresso, algures nas florestas do Sul, e nele foram tomadas grandes decisões. O território - segundo a mesma fonte - foi dividido em regiões e zonas, respectivamente para a administração política e comando militar, e a reestruturaçâo do partido assentou nas bases seguintes:

l - Secretariado político de 20 membros (15 efectivos e 5 suplentes) para eleição de um «comité» executivo de 7 membros (Amilcar Cabral foi designado secretário-geral, sendo os restantes elementos Aristides Pereira, Luís Cabral, Osvaldo Vieira, Bernardo Vieira «Nino» e dois outros cuja identidade não foi revelada. A idade média daqueles elementos, em 1964, era de 31 anos);
2- «Comité» executivo de 65 membros (dos quais, 20 eram candidatos), dividido em 7 departamentos:
a) - forças armadas;
b) - negócios estrangeiros;
c) - «controle» político das forças armadas e aparelho do partido;
d) - secretariado dos quadros políticos, para a informação e para a propaganda;
e) - segurança;
O - economia e finanças; e,
g) - desenvolvimento e coordenação da organização do partido no meio da população; constituição de «comités» de aldeias e integração nos «comités» regionais.

A esta reorganização outras se seguiram e, assim, os departamentos foram reduzidos a cinco, em 1967, controlados, na prática, pelo «comité» executivo:

1 - Comissão de «controle» - encarregada de verificar o trabalho concreto em cada estrato da estrutura do partido; desenvolvimento que se considere oportuno em resultado da multiplicação dos membros e das actividades do partido;
2 - Comissão de segurança - que se encarregará, principalmente, da informação;
3-Comissão dos Negócios Estrangeiros;
4 — Comissão para a reconstrução nacional — a qual se ocupará, especialmente, da h

AS FORÇAS ARMADAS DO P.A.I.G.C.

No sector armado do P.A.I.G.C. - escreveu Dutra Faria, na sua série de reportagens publicada no «Diário da Manhã» subordinada ao título «Guiné - Sol e Suor» - há, pois, que distinguir entre exército e milícia (por vezes passa a guerrilheiro o homem de qualquer tabanca controlada pelo P.A.I.G.C. que dá alguma evidente prova de valentia. À população dessas tabancas - segundo cálculos dignos de crédito, não mais de 30 mil pessoas em toda a Guiné — distribuem os guerrilheiros, de resto, armas para sua defesa, velhas Mauser e Kropatchek, quando não, mesmo, espingardas de caça. Os canhangulos é que já desapareceram de todo.

Milicianos são todos os homens das tabancas controladas pelo inimigo e que possuem uma arma. Em regra, os milicianos não participam nas operações ofensivas e, mesmo como força defensiva, o seu valor é escasso e o seu moral muito baixo. (Pode anotar-se, como elemento elucidativo, que em 1969 se verificaram 1734 apresentações de nativos e, até Julho de 1970, já ocorreram 1862 apresentações).

O exército por sua vez, é constituído pelos guerrilheiros (uns 5 mil, talvez) enquadrados em grupos cujo efectivo, em princípio, é de 50 homens, mais os oficiais — habitualmente 4 ou 5 por grupo, incluindo o comandante ou chefe de guerra e o comissário político, este destinado ao controle ideológico de cada elemento, inclusive o comandante.

Na actuação, a unidade táctica é, porém, quase sempre o bigrupo (2 grupos) de infantaria, apoiado por um grupo dotado de armas pesadas. Mas, na realidade, o efectivo de qualquer dessas unidades raramente soma os 150 homens.

Quando, todavia, dois bigrupos de infantaria actuam em regiões vizinhas, acontece que utilizam, alternadamente, o apoio do mesmo grupo de armas pesadas.

Num outro passo daquela reportagem, o seu autor refere que entre as armas apreendidas ao inimigo se encontram canhões sem recuo; morteiros; metralhadoras 14,5 antiaéreas sobre rodas, que horizontalmente também podem disparar granadas anticarro; «bazoocas»; metralhadoras antiaéreas quádruplas; metralhadora pesadas Gurianov; lança-granadas RPG-2 e RPG-7, este com um alcance que vai até aos 500 metros; metralhadoras ligeiras Degtyarev; espingardas automáticas Kalashnikov (adaptada pelo Exército soviético) e Siminov; carabinas Mosin Nagan; pistolas-metralhadoras Sudayev M-23 e M-25; pistolas Tokarev e Ceskae; pistolas-metralhadoras Berette.

Quanto aos instrutores - continua Dutra Faria a revelar na sua reportagem — de princípio foram, ao que parece, exclusivamente guinéus e cabo-verdianos treinados na Rússia e na Checoslováquia, os quais têm sido substituídos por instrutores estrangeiros: primeiro, supõe-se que argelinos e, agora, cubanos.

Numa entrevista concedida ao mesmo jornalista pelo general Spínola há uma referência a «um inimigo numeroso e persistente a quem não faltam nem armamento do mais moderno nem munições», e numa outra com o oficial cubano feito prisioneiro em 20 de Novembro do ano passado [1970], quando lhe foi perguntado se havia outros cubanos com os guerrilheiros do P.A.I.G.C., a resposta foi um simples acrescentada de alguns (instrutores militares, médicos e enfermeiros). Noutro passo, segundo afirma Dutra Faria, aquele oficial teria dito que conheceu, mesmo, um médico radiologista jugoslavo num dos hospitais do P.A.I.G.C.

Há guerrilheiros do P.A.I.G.C. que estão em armas, no mato, ininterruptamente, desde 1962 - escreve, ainda, Dutra Faria – e que adquiriram uma experiência de luta que faltará, quase sempre, aos seus adversários. O inimigo, indubitavelmente, move-se mais à vontade no mato (está no seu meio ambiente), por mais espesso, e na bolanha, por mais pantanosa, do que o combatente de origem metropolitana. Alguns dos chefes de guerra de Amílcar Cabral têm revelado qualidades de inteligência e de energia que os tornam temíveis como inimigos e que os têm enormemente prestigiado aos olhos dos que os seguem. Esses chefes de guerra são todos guinéus e o seu prestígio entre guerrilheiros deve seriamente preocupar tanto Amílcar Cabral como os cabo-verdianos que constituem, em Conakry, o estado-maior político do P.A.I.G.C. Segundo Dutra Faria, essa deve ter sido a razão por que Amílcar Cabral pediu a seu irmão Luís que fosse a Havana solicitar envio de instrutores cubanos.

Registe-se que Amílcar Cabral, numa entrevista concedida, recentemente, à revista norte-americana «Newsweek», sublinhou que «em 1962 encontrávamo-nos prontos para lutar, primeiro nas regiões do Sul e, depois, gradualmente, em todo o país. «No começo aprendemos táctica militar debaixo de fogo. Mais tarde montámos campos de treino. O nosso maior problema era criar um exército móvel formado por grupos de guerrilheiros locais.»

Aliás, Dutra Faria, numa das suas reportagens para a ANI, refere que «dos comandantes que dispõem, evidentemente, de larga autonomia de acção quando em operações, hoje, o de mais prestígio entre os guerrilheiros é um antigo cabo africano, o Nino, uma espécie de Ministro da guerra de Amilcar Cabral.

Na referida entrevista dada à «Newsweek», Amílcar Cabral revela ainda, a par de uma metodologia chinesa, que «é difícil dar uma ideia da grandeza actual do exército regular porque, num certo sentido, o nosso exercito é o povo inteiro. Apesar de tudo, não poderíamos prosseguir a nossa luta sozinhos. Além de outras nações africanas, os países socialistas - e em especial a União Soviética - forneceram-nos armas. Alguns países ocidentais, a Suécia por exemplo, têm-nos ajudado no campo humanitário».

O exército do P.A.I.G.C. divulga também - por intermédio dos serviços de Propaganda - comunicados referentes às acções que desenvolveu, na Guiné.

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