09 novembro 2003

Blogantologia(s) - II: A insustentável leveza da sabedoria de senso comum

Obrigado, sábi@s ciberamig@s! Frases que vocês me mandaram ou que vieram por aí, pela blogosfera abaixo, com(o) a espuma que escorre deste(s) dia(s)... Não têm copyright, pertencem ao fundo cultural da humanidade o qual, com a globalização, está a saque... Há quem aprecie o género, que tem algumas vantagens: as máximas da sabedoria do senso comum podem ser usadas, por exemplo, como arma de defesa em caso de assédio (i)moral no local de trabalho. A propósito, não se esqueçam que o dito (assédio) passou a ser punido nos termos do art. 24º do Código do Trabalho (em vigor a partir de 1 de Dezembro de 2003.



Os passarões dos sociólogos foram treinados para desconfiar da sabedoria do senso comum... Mas este blogue também é como o livro de reclamações das pensões rascas da Praça da Alegria (há sempre uma praça da alegria em cada vila e cidade dos portugas). E quem disse que não podia haver pensamentos sublimes nas portas das casas de banho dos teatros da cidade que fecharam à morte do último espectador ? Podem ser sublimes mas são tristes como a morte...





1. @s vegetarian@s não gritam quando têm um orgasmo pelas simples razão de não quererem admitir que um pedaço de carne lhes dá tanto gozo (È pressuposto o Homo Sapiens Sapiens gritar quando tem um orgasmo, independentemente de ser omnívoro, carnívoro ou vegetariano ?)



2. A estatística é igual ao biquini: mostra tudo, mas esconde o essencial! (Será por isso que os honens da ciência e do poder a tratam tão mal ?)



3. As mulheres são como o vinho: com o passar dos anos, umas refinam o sabor; outras, as que azedam, é por falta de rolha. (Generalizações abusivas... E as santas ? Como é que chegam à santidade ?)



4. Em dias de temporal e de trovoada, o lugar mais seguro é perto da sogra... Não há raio que a parta! (A soga, essa instituição!)



5. Melancia grande e mulher muito boa ninguém come sozinho. (Não sei quem foi o antropófago que disse isto...)



6. Nunca discutas com um idiota: ele põe-te ao nível dele... e depois ganha-te em experiência. (O problemas é, na tua empresa, teres que cumprir ordens de idiotas...)



7. Os chefes são como as nuvens, quando desaparecem fica um dia lindo. (Decididamente os portugas não gostam dos Chefes, nem dos grandes nem dos pequenos).



8. Quem trabalha muito, erra muito; quem trabalha pouco, erra pouco; quem não trabalha não erra; e quem não erra é promovido. (Um verdadeiro tratado sobre a Gestão de Recursos Humanos na terra dos portugas).



9. Se as coisas são feitas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, por que é que tu, meu irmão, amas as coisas e usas as pessoas ? (O ter e o ser tornaram-se disjuntivos ?)



10. Se os chefes, lá na minha empresa, fossem ficheiros electrónicos, a extensão só poderia ser .fdp (=filho da puta) (Está visto, não há índio que goste do chefe que tem, mas todos os índios adorariam chegar um dia a ser chefes...).



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