Texto de A. Marques Lopes, ex-alferes milciano da CART 1690 (Geba, 1967/1969), actualmente coronel (DAF) na situação de reforma:
Geba existe e está, de facto, quase completamente abandonada. Estive lá em 1998. Mas não deu para tirar fotografias (só uma ou duas). Mas ainda tem habitantes, embora poucos.
As instalações militares do tempo da guerra colonial, essas, estão em completa derrocada. Situam-se no morro existente a um quilómetro do lado direito (de quem está virado para o rio Geba) da povoação. Tinham acabado de ser construídas quando a CART 1690 lá chegou, em Abril de 1967. Mas o comando da companhia situava-se mesmo na povoação.
Na Bíblia, Geba era uma cidade da antiga Palestina, situada a 8 km de Jerusalém, local onde Jonatan derrotou os filisteus. Ainda hoje existe esse local e está na zona da Autoridade Palestiniana. Será que o nome vem daí? Não me admira, dado que, quando os portugueses chegaram à Guiné no séc. XVI, já essa terra estava islamisada. Geba, juntamente com Cacheu e Ziguinchor, foi o berço do crioulo falado na Guiné. Procurem neste link http://www.unb.br/ics/dan/Serie154empdf.pdf o que foi Geba nos séculos passados.
A jornalista Diana Andringa esteve há anos em Geba e fez um filme que me ofereceu. Emprestei-o a um ex-camarada de armas e ainda estou à espera da devolução... Mas vou insistir com ele e pode ser que consiga tirar desse filme algumas imagens relativamente recentes sobre Geba.
Abraços.
A. Marques Lopes
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