O humor (negro) à volta do dia que mudou o mundo, não pára de crescer. É uma forma de, tal como os índios da Amazónia fazem com os demónios da floresta, exorcizarmos os nossos medos, fantasmas e angústias (A propósito, não percam a exposição temporária sobre as máscaras e outros artefactos culturais dos Wauja, um povo do Parque Indígena do Xingu, Brasil, no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, inaugurada em finais de Janeiro de 2004).
Talvez um dia alguém se debruce sobre esses materiais menos nobres da cultura e da comunicação entre os humanos, que são as anedotas, com a mesma curiosidade e espírito científico com que o etnólogo alemão Karl von den Stein , em 1884 e 1887, descobriu e estudou os Wauja e outros povos do Alto Xingu.
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Na manhã do fatídico dia 11 de Setembro de 2001, há um executivo que se despede, como habitualmente, da sua querida esposa e vai para o escritório da sua sociedade financeira, sito no 85º andar de uma das torres gémeas do World Trade Center.
No meio do congestionado trânsito novo-iorquino, ele resolve mudar de ideias e segue para casa da amante. Uma vez na cama, com a sua nova girlfriend, desligou o telemóvel para não ser incomodado...
Por volta das onze e picos, voltou a vestir-se, ligou o telemóvel e dirigiu-se ao carro. Mal se sentou ao volante, recebeu uma chamada. Era a esposa, a legítima, em pânico...
- Finalmente, My God!!! Tu estás bem, darling ? !... Diz-me onde é que estás!
- Estou óptiimo, querida. Estou aqui no escritório, a tomar um cafezinho e com a Big Apple a meus pés, mais deslumbrante do que nunca ... Mas porquê ? Aconteceu alguma coisa ?
Moral da história (privada): Mais tarde, ainda não refeito do susto ao saber das trágicas notícias, o nosso executivo, reconstituiu o filme da manhã desse dia, e concluiu que Deus (ou o Bin Laden) também sabe escrever direito por linhas tortas...
Dizem que o nosso homem teve uma crise mística, acabou por se converter ao Islão e, com o dinheiro que recebeu do seguro pela destruição do seu escritório, fundou uma comunidade religiosa algures na América profunda e evangelista.
PS – Obrigado ao António P.L. que me enviou uma primeira versão da anedota.
blogue-fora-nada. homo socius ergo blogus [sum]. homem social logo blogador. em sociobloguês nos entendemos. o port(ug)al dos (por)tugas. a prova dos blogue-fora-nada. a guerra colonial. a guiné. do chacheu ao boe. de bissau a bambadinca. os cacimbados. o geba. o corubal. os rios. o macaréu da nossa revolta. o humor nosso de cada dia nos dai hoje.lá vamos blogando e rindo. e venham mais cinco (camaradas). e vieram tantos que isto se transformou numa caserna. a maior caserna virtual da Net!
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