1. Vou apresentar-me, mas não receber ordens. (Em 1968 apresentava-me e recebia ordens). Sou o ex-Furriel Miliciano Carvalho da CCAÇ 2401, 1º pelotão.
Ao recordar terras que pisei na minha juventude, através da Net, vim encontrar aqueles, como eu, que por lá passaram.
Norte e Leste da Guiné tocaram-me nos bons e maus momentos dos anos de 1968 a 1970. Não tive sítio certo desde Bambadinca, Bafatá, Nova Lamego (Gabu), Pirada, Geba e seus destacamentos(Sarabanda, Catacunda e Banjara), Piche, Buruntuma, etc.
Quantas vezes recordo a igreja de Geba, junto ao Rio Geba! Ali podia esquecer África e, por alguns momentos, pensar que estava na Metrópole, passando os olhos sob a torre e o telhado da igreja e fixando, ao fundo, o horizonte. Era o meu cantinho no Minho!
Ver as vossas fotos fez-me recordar vivamente os momentos duros que todos nós, ex- combatentes da Guiné, passámos na juventude... Essas batatas fritas com bife e cerveja preta em Bafatá? Mas era só quando havia!...
Dou os parabéns a todos vós por esta página na Net, só assim podemos transmitir aos jovens de hoje o que os jovens da década de 60 e 70 passaram.
Já agora lançava um apelo a todos os ex-combatentes que tenham espólio de qualquer tipo relacionado com a guerra, e que queiram doar ou emprestar para o MUSEU DA GUERRA COLONIAL (uma história para contar...), situado em Vila Nova de Famalicão, do qual sou sócio-fundador. Deixo também aqui um convite para o visitarem.
Para todos os Periquitos, Maçaricos ou Velhinhos, um abraço. Adeus, até ao meu regresso!
Fernando Gomes de Carvalho
Av. Dr. Carlos Bacelar, 311
4760-480 ESMERIZ
Telemóvel > 968583045
2. Comentário do Marques Lopes (que recebeu e reenviou esta mensagem para a maralha da tertúlia) (lista a actualizar...):
Caro camarada ex-combatente [Carvalho]:
É com muita satisfação que recebo, dois dias seguidos, mensagens de dois ex-combatentes que passaram por Geba. Ontem foi um,[o Belmiro Vaqueiro], que lá esteve antes de mim, e hoje é o Fernando Carvalho, que esteve depois.
É bom encontrarmos pessoas para recordarmos terras que pisámos na nossa juventude, como diz. Não lhe vou dar ordens, vou apenas convidá-lo a incluir-se num grupo de amigos que passaram pela Guiné durante a guerra e que vão contando coisas dessa passagem neste blogue-fora-nada que o nosso camarada ex-combatente Luís Graça vai gerindo com muita sabedoria. Venha participar, pois terá muito que contar com toda a certeza.
Um abraço. Marques Lopes
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