12 dezembro 2005

Guiné 63/74 - CCCLVIII: Diversidade e unidade do povo da Guiné-Bissau (3) (José Neto / A. Marques Lopes)

1. Caro amigo A. Marques Lopes

Aceito a sua divergência de opinião quanto ao que escrevi sobre aquilo que vem sendo tratado por alguns por "o demónio das Etnias" da Guiné-Bissau.

Prometo não voltar a "meter o pé na poça", porém, como última intervenção neste escaldante tema quero dizer-lhe (e a todos os bloguistas) que o meu escrito, muito ligeiro, foi motivado pelo post "Guiné 63/74 - CCCXLIII: Respeito pelos manjacos, se faz favor", subscrito por João Tunes.

É minha convicção que uma das ajudas que podemos dar aos nossos "ex-amigos e inimigos" não será propriamente "estar de fora" a enaltecer esta ou aquela etnia. A Internet também chega à Guiné-Bissau... E, muito ao contário que o mesmo senhor diz, "nós portugueses temos MUITO para ajudar os guineenses".

Cumprimentos do
Zé Neto

2. Amigo José Neto

Não me parece que tenha havido qualquer divergência entre as nossas duas posições sobre os povos da Guiné. Pessoalmente apenas tentei dar uma explicação sobre os objectivos que, na altura, teria aquele memorando do EME - Estado Maior do Exército, o qual, pelos vistos, como diz o Sousa de Castro, foi distribuído profusamente às NT em 1971.

Com mais este dado, acrescentarei que, dada a escalada da guerra, havia mesmo necessidade de cavar divergências entre os guineenses. Foi essa estratégia, "sabiamente" delineada, que terá contribuído, juntamente com o papel inestimável (ou inestimado ainda) da PIDE, para o assassinato de Amilcar Cabral; e que terá igualmente levado à desastrada manobra spinolista causadora da morte dos majores (e do esquecido alferes) em chão manjaco.

De resto, estou completamente de acordo consigo.

Um abraço
A. Marques Lopes

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