13 dezembro 2005

Guiné 63/74 - CCCLXIV: Chicorações para o nosso Pai Natal

Mensagens dos nossos amigos e camaradas de tertúlia, a propósito das prendas do nosso Pai Natal:

1. Luís Graça.

O Pai Natal do Humberto Reis fez-me chegar mais umas cartas (militares) da "nossa" Guiné... com alta resolução, de modo a permitir localizar os sítios por onde andámos no mato... No cabaz de Natal vinham as seguintes cartas: Mansoa (que inclui também Bissorã), Cadoca/Gadamael, Guileje, Binta, Bula, Pelundo...

(...) Temos mais mapas disponíveis "on line"... Oferta gentil do nosso camarada Humberto Reis... Faltam ainda os de Guileje e de Binta... O mapa do Pelundo saiu cortado, na digitalização: só aparece a povoação de Có, na parte direita...

Divirtam-se, sobretudo aqueles de vós que aprenderam na tropa a orientar-se só com bússola e mapa... Deixem-me dizer-vos que, apesar dos nossos excelentes mapas (chegámos a ser os melhores cartógrafos do mundo, na épcoa dos Descobrimentos!), nunca vi comandante de operação, no meu tempo, dispensar o guia das milícias...


2. Vitor Junqueira

De facto, a oportunidade de olhar de novo para estes mapas, alguns dos quais se passearam nos meus "acagaçados" bolsos, dobradinhos em avos, com uma grelha (quadrícula) desenhada por cima e protegidos por uma saqueta de plástico transparente... representa para mim um autêntico presente de Natal.

Por uns instantes, revivi como numa espécie de encantamento mágico, uma ligação quase física com um passado distante ao qual dediquei, talvez, os dois dos melhores anos da minha vida. As cartas do Humberto, são viçoso pasto para a minha saudade. E que saudade! Por isso aqui vai, para ele um abraço de gratidão e o pedido de publicação da carta que integra a região de Mansabá, Olossato e Farim, por ser esta a minha principal ZA (onde não conheci guias nem tropas de milícia!).

Para todos os amigos da Tertúlia, um abraço do Vítor Junqueira devidamente guarnecido com votos de Boas Festas.

3. Virgínio Briote:

Obrigado, Luís e Humberto Reis, pelas vistas de locais por onde andei. Cambajo, Iarom, a mata de Sinre, as bolanhas de Benifo, a tabanca de Inchula, Talicó. E Morés, esse lugar que perseguíamos e que nos perseguia como um fantasma.

Acabo de chegar e vejo que os ex-combatentes aparecem agora na imprensa como há uns anos apareciam os ciganos, cabo-verdianos e outras raças de "baixa extracção"...
Um abraço, vb

4. Humberto Reis

(...) Se vocês soubessem o prazer que me dá olhar para aquelas cartas compreendiam o gosto que tenho em as partilhar convosco. Imagino a cara de alguns de vocês a recordarem as picadas e os trilhos que lá estão assinalados e a recuarem 30, 35 e 40 anos atrás. A mim não me faz sentir velho, mas apenas saudoso de alguns tempos bons que passei naquela terra, apesar dos muito maus. Se não fossem esses tempos estaríamos agora aqui a conversar uns com os outros? (...)

5. Rogério Freire:

Um obrigado especial de "Os Falcões" (CART 1525) ao Humberto Reis pela carta de Mansoa/Bissorã que colocou no nosso sapatinho.

A carta vem-nos permitir identificar todos os locais que "visitamos" desde Quenhaque a Morés, passando por Cambajo e Dando, e tantos outros.

Colocamos a carta no nosso site com uma referência e agradecimento ao Humberto.

Esperamos pela vossa visita ao nosso site e com votos de Boas Festas "partimos mantanhas" com todos.

Rogerio Freire

6. Luís Graça:

Pessoalmente confesso que, com estas cartas militares (que temos vindo a disponibilizar no nosso blogue) e com as estórias que vocês têm contado (para não falar do valiosíssimo álbum de fotografias e de outros documentos...), conheço melhor hoje a Guiné de 1969/71 do que naquela época, quando eu lá estava...


7. Carlos Fortunato:

Luis/Humberto:

Excelente carta militar, permite-me poder precisar muito melhor algumas das zonas referidas na região de Bissorã, quer nos textos que tenho escrito no meu site, quer no nosso blogue, vou usá-la para melhorar ambos.

Parabéns, obrigado e bom Natal.

8. João Parreira:

Luís Graça e Humberto Reis,

Quero agradecer a Prenda de Natal que foi enviada pelo Humberto Reis, na forma de mapas da Guiné, e que são umas autênticas relíquias para tantos de nós que palmilhámos aquelas matas, trilhos, tarrafos e bolanhas.

Creio que nenhum dos nossos ex-combatentes que passaram pela Guiné poderá ficar insensível, pois basta simplesmente olhar comodamente para a localização de certas zonas para nos ajudar ainda mais a reviver um passado tão turbulento.

Parabéns.

Sem comentários: