


Caro Luís,
(...) Tenho alguma relutância em abordar exclusivamente os tempos de tropa - alguns são episódios muito marcados pela experiência pessoal - pelo que, sempre que vou até ao Olossato, o faço como um fenómeno de análise e compreensão do presente, pensando no futuro (onde está o futuro, meu Caro?). Mas aceito, compreendo e acho legítimo que os camaradas o façam, é absolutamente desejável que o façam.
No dia 24 de Fevereiro [próximo] vem o Moura Marques (cabo do meu grupo de combate - um bom homem e um companheiro solidário que admiro muito) e, logo no dia 25, pretendemos (eu e a Conceição) ir ao Olossato e mostrar-lhe como as coisas são diferentes hoje; estou certo que ele se emocionará fortemente (isso me aconteceu quando visitei o Olossato vinte anos depois e fui reconhecido pelo meu irmão Suleiman - falecido em Julho... a falar de mim!).
Bolas, estou aqui a falar de uma coisa muito importante da minha vida: ele foi, de facto, um irmão...
Um abraço para todos.
Conceição e Paulo
Sem comentários:
Enviar um comentário