Texto do A. Marques Lopes:
Amigos e camaradas: Sobre a fotografia de prisioneiros a jogar à bola em Conacri [ver texto de Luís Graça > Guiné 69/71 - LXIV: Tão (ini)(a)migos que nós fomos! , com data de ontem] , é natural que algum seja da CART 1690, pois eram os que estavam lá em maior número. No entanto, é difícil distingui-los nessa fotografia.
Para saberem o que foi a vida deles em cativeiro leiam o livro Memórias de Um Prisioneiro de Guerra, publicado pela editora Campo das Letras, Porto, em Outubro de 2003 (é o número 9 da colecção Campo da Memória). O seu autor é o ex-alferes miliciano António Júlio Rosa (agora professor de Educação Física), que foi aprisionado pelo PAIGC na zona de Tite, no dia 1 de Fevereiro de 1968.
Lá esteve até ao dia da libertação, na sequência da Op Mar Verde. É um relato simples, sem literatura. Vale a pena ler, sobretudo nós que compreendemos tudo aquilo.
Abraços. Marques Lopes
Post scriptum - Sobre os motivos que o levaram a escrever o livro, diz o autor: "
"Os motivos que me levaram a escrever este livro foram, acima de tudo, transmitir as experiências e os factos vividos durante a minha juventude e, em particular, o sofrimento duma guerra colonial de má memória.
"É um livro que escrevo a partir do que a memória guardou para dá-lo a conhecer aos meus contemporâneos e vindouros. Foram momentos notoriamente difíceis que, muitas vezes, revivo quando encontro velhos amigos, ou me encontro só, ou mesmo antes de adormecer.
"Os factos que vou apresentar reportam-se ao período compreendido entre Janeiro de 1967 e o final de Dezembro de 1970 [Guiné-Bissau e Guiné Conakry]. António Júlio Rosa".
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