03 novembro 2005

Guiné 63/74 - CCLXVI: Barro, Bigene, porquê ?

Texto do Virgínio Briote:

Pouco passava da meia-noite, o Comandante irrompeu pelo quarto, sentou-se numa das camas, e, sem aviso prévio, disparou:

"Há bocado, em Farim, num batuque com muita gente, a tabanca em peso e alguns militares nossos também, um gajo qualquer lançou para o meio deles um saco com granadas de mão, defensivas e ofensivas, rockets, à mistura com pregos, bocados de metal, garrafas, eu sei lá que mais. Acabou o batuque, foi tudo pelos ares!

O Dakota aterrou lá de noite, com os faróis das viaturas a iluminar o campo. O hospital está a abarrotar, vai por lá um pandemónio.

Tem o dia de amanhã para preparar o seu grupo. Vai até lá, uns dias."


E foi assim, Luís, que começou a estadia em Barro e Bigene (1). Claro que eu vi coisas que ninguém mais viu. O ambiente também era propício à imaginação.

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Nota de L.G.:

(1) vd. post anteriores, do Virgínio Briote, de 1 de Novembro de 2005: as "memórias de um comando em Barro" (Partes I, II e III)

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