Texto do Virgínio Briote:
Pouco passava da meia-noite, o Comandante irrompeu pelo quarto, sentou-se numa das camas, e, sem aviso prévio, disparou:
"Há bocado, em Farim, num batuque com muita gente, a tabanca em peso e alguns militares nossos também, um gajo qualquer lançou para o meio deles um saco com granadas de mão, defensivas e ofensivas, rockets, à mistura com pregos, bocados de metal, garrafas, eu sei lá que mais. Acabou o batuque, foi tudo pelos ares!
O Dakota aterrou lá de noite, com os faróis das viaturas a iluminar o campo. O hospital está a abarrotar, vai por lá um pandemónio.
Tem o dia de amanhã para preparar o seu grupo. Vai até lá, uns dias."
E foi assim, Luís, que começou a estadia em Barro e Bigene (1). Claro que eu vi coisas que ninguém mais viu. O ambiente também era propício à imaginação.
______
Nota de L.G.:
(1) vd. post anteriores, do Virgínio Briote, de 1 de Novembro de 2005: as "memórias de um comando em Barro" (Partes I, II e III)
Sem comentários:
Enviar um comentário