Texto do Humberto Reis:
Amigo Zé Neto, bom dia!
Vi agora a tua mensagem que me chegou do nosso correio-mor Luís.
Isto do cigarrinho é muito bonito de dar conselhos para quem nunca passou por elas. Eu fumei durante mais de 30 anos e na Guiné então foi uma maravilha. Para uma operação de 3 dias eram 5 ou 6 maços de cigarros nos bolsos e 2 cantis com água. Podia faltar de comer mas água, cigarros e munições é que não podiam faltar.
Há quase 12 anos, num fim de semana, comecei a experimentar (de minha autoria, pois ninguém me encomendou o sermão, nem valia a pena) parar com os cigarros. Foi um corte radical pois não acredito no tratamento com base na diminuição progressiva dos cigarros diários. Até hoje continuo a dizer que não fumo há quase 12 anos, o que é diferente de dizer que deixei de fumar.
Ainda hoje tenho maços de cigarros no carro, em casa e no escritório. Eles a olharem para mim e eu a olhar para eles. Isto só depende do próprio. Não vale a pena os outros andarem a chatear a cabeça. Agora que é verdade que me sinto bem melhor, lá isso é verdade.
Lembro-me de quando passei no Xime em 1969, a companhia que lá estava à espera de ser rendida pela CART 2520, que foi connosco no Niassa, tinha um lençol a servir de cartaz de boas vindas onde diziam que O QUE CUSTA MAIS SÃO OS PRIMEIROS 21 MESES.
Aplicado ao nosso tema (deixar de fumar), não é verdade isso mas de facto as primeiras semanas, ou o 1º trimestre, são um pouco difíceis. Roí algumas pastilhas de chiclets mas nunca fui ao médico procurar qualquer terapia.
Se já conseguiste ultrapassar os primeiros dias ou semanas, FORÇA COM ISSO!
Um abraço
Humberto Reis
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