"Aprendam com as centopeias a lidar com o stresse da vida: vede como elas não morrem de ataque cardíaco" (São Francisco)
PS - Para o Anacleto M., globetrotter: aqui te devolvo, inteirinha, a centopeia que me emprestaste por uns dias.
O solteirão, o bicho de estimação e o stresse da vida
Um tipo vivia sozinho até ao dia em que decidiu adoptar um animal de estimação. Foi a uma loja da especialidade e pediu para lhe arranjarem um animal que não fosse, no mínimo, invulgar. Acabou por comprar um centopeia: um bichinho de estimação, tão pequenino, tão amoroso, com 100 patinhas, enfim, algo deveras original. E sobretudo uma boa companhia para quem, como ele, conhecia a(s) tristeza(s) da solidão...
A centopeia que vinha dentro de uma caixinha branca, foi logo morar com o novo dono... O nosso homem quis então celebrar o acontecimento. E o melhor, pensou ele, seria ir à cervejaria Trindade comer um bifinho e beber umas bejecas. Mal despiu o casaco, dirigiu-se à centopeia que estava dentro da caixinha em cima da mesa da cozinha:
- Ó coisa fofa, e se fôssemos à Trindade beber umas bejecas ?!
Do outro lado, não se ouviu nenhuma resposta... Mas o tipo voltou a insistir:
- Ouve lá, arranja-te que a gente vai beber umas bejecas para comemorar o princípio de uma grande amizade!
De novo, um pesado silêncio...
- O bicho, afinal, deve ser surdo e mudo - pensou, contrariado, o dono.
Aí o nosso homem foi aos arames, pegou na caixa, sacudiu-a várias vezes e gritou bem alto para os vizinhos do prédio ouvirem:
- Ó minha puta do c..., queres ir ou não comigo à Trindade beber uns canecos ?!
Um fio de voz soltou-se da caixa:
- Dasse!!! Não sou surda, ouvi bem à primeira!!! O meu senhor dono importa-se de esperar mais um bocadinho, que eu ainda estou a calçar as sapatilhas ?