15 maio 2006

Guiné 63/74 - DCCLVI: Conferência sobre a Mutilação Genital Feminina



Mutilação Genital Feminina (MGF) > Cartaz da conferência a realizar, em Lisboa, no Centro de Formação do Hospital dos Capuchos, dia 17 de Maio de 2006, às 16H.

Foto: Fórum de Santo António dos Capuchos (2006) (com a devida vénia...)

Convidam-se os membros da nossa tertúlia, e quaisquer outros vistantes do nosso blogue que estejam eventualmente interessados nesta problemática, a participar na sessão de apresentação e discussão do trabalho “Mutilação Genital Feminina”, de Mafalda Sofia F. Santos e Paulo César L.B. Matos (Universidade Lusófona).

Trata-se de um conferência sobre a abordagem multidisciplinar da Mutilação Genital Feminina (MGF), a realizar no Hospital dos Capuchos, Centro de Formação, no próximo dia 17 de Maio, às 16h.

Entre os comentadores figuram o editor deste blogue (Prof. Luís Graça, ENSP/UNL) bem como o nosso amigo e camarada da Guiné, o Prof. Jorge Cabral (Universidade Lusófona). Para mais informação ver o sítio Fórum de Santo António dos Capuchos.

Segundo o texto de apresentação desta confereência, a MGF provoca 3 Milhões de Vítimas por ano, de acordo com a denúncia feita no relatório da Unicef, Mudar uma convenção social nefasta: a mutilação genital feminina, publicado em 2005.

"Fenómeno social complexo, porque a sua explicação requer diferentes perspectivas de abordagem (antropológica, sociológica, religiosa, etc.), a mutilação genital feminina tem merecido a condenação dos organismos de direitos humanos, mas a prática continua violentando crianças e jovens mulheres.

"A temática escolhida para a conferência organizada pelo Fórum de Santo António, que reúne especialistas de renome, pretende evidenciar um diagnóstico e levantar pistas para a intervenção social, especialmente numa perspectiva de prevenção, dando visibilidade a um problema que muitas das vezes se apresenta escondido e clandestino".

Trata-se de uma conferência certificada, que se recomenda a profissionais, docentes e estudantes das várias profissões de intervenção social (porfissionais de saúde, técnicos de serviço social, animadores socioculturais, etc.).

Sobre este tema (que no nosso tempo, em plena guerra colonial, não mereceu qualquer atenção, interesse ou preocupação por parte das autoridades portugueses bem como dos militares portugueses), já em tempos foi aqui publicado um post de Luís Graça, com data de 4 de Maio de 2005 > Guiné 69/71 - XII: O silêncio dos tugas face à MGF (Mutilação Genital Feminina)

Segundo dados da OMS - Organização Mundiald e Saúde, a taxa de prevalência da MGF na Guiné-Bissau seria da ordem dos 50%, atingimdo maior percenategm entre as mulheres fulas e mandingas (70% a 80%). A modalidade MGF mais praticada é de tipo II: Excisão do clitóris com parcial ou total excisão dos lábios menores...

Há um excelente dossiê do jornal Público sobre a MGF, disponível em linha.

A jornalista Sofia Branco recebeu o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas 2002 pelo trabalho “Mutilação genital feminina — O holocausto silencioso das mulheres a quem continuam a extrair o clítoris”, publicado em 4 de Agosto de 2002.

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