21 maio 2006

Guiné 63/74 - DCCLXXVII: Do Porto a Bissau (19): Do Quelélé a Guileje, a obra da AD do Pepito (A. Marques Lopes)

Texto do A. Marques Lopes:

Logo no dia 13 de Abril, os que fomos de jipe fizemos uma visita à AD do Pepito, no Bairro do Quelélé, onde tivemos o gosto de conhecer ao vivo este nosso amigo, que mostrou ser a pessoa maravilhosa e sensacional que já imaginávamos.

Já sabem da nossa participação na Rádio Comunitária Voz do Quelélé, apoiada pela AD. Mas, ali no Quelélé, onde tem a sua sede, esta ONG tem outras iniciativas que me deixaram grandemente espantado, pelo inesperado do seu alcance, pelo inusitado que me pareceram num país sem quase nada.

Com óptimas instalações, a Escola de Artes e Ofícios do Quelélé tem um belo pavilhão com várias salas onde se podem ver dezenas de jovens:

(i) numa delas aprendem informática, em secretárias individuais com computador;

(ii) noutra aprendem as técnicas da electrónica, também em secretárias individuais com aparelhagem própria;

(iii) numa outra as futuras auxiliares de educadora de infância aprendem como participar na educação das crianças guineenses;

(iv) recebem aulas sobre transformação de frutas, gestão dos recursos marinhos, radialismo, de actor de teatro e iluminação de teatro noutra sala...

Explicou-nos o Pepito que muito daquele material, secretárias, computadores e material electrónico, tinha sido oferecido, porque já não usado, por empresas e ministérios portugueses, e com a grande ajuda do Instituto Marquês Valle Flor, uma ONG portuguesa (no dia seguinte, quando fomos esperar ao avião os quatro elementos que se juntaram ao nosso grupo, encontrámos o Pepito e um representante deste Instituto que tinha chegado para ver a AD na zona do Cantanhês).

Foi o que nós vimos, mas todas as iniciativas e acção da AD estão plenamente expressas no seu Relatório de Actividades, já referenciado no blogue.

Convidou-nos o Pepito para irmos ver as instalações da AD na zona do Cantanhês, oferecendo-nos as suas instalações para pernoitar, pois, disse, seriam precisos dois ou três dias. Infelizmente, devido à dificuldade em organizar todas as visitas com um grande grupo, não nos foi possível lá ir.

Mas, quando sozinhos, eu e o Allen decidimos um dia ir a Guileje e ver a sua recuperação histórica, e aqui estão algumas fotografias [mostrando nomeadamente granadas abandonadas pelas NT e que ainda não foram neuralizadas ou detonadasa]. Depois, o dia já ia alto, não deu para ir mais longe e houve que regressar a Bissau.

Abraços

A. Marques Lopes

Fotos: © A. Marques Lopes (2006)

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