Ainda com o grupo todo, passámos por Barro, a caminho de Farim.
O meu amigo Cacuto Seidi (1), o chefe da tabanca, morreu o ano passado, com muita pena minha, pois gostava de ter falado com ele novamente, mas estive com o seu filho, Bala Sani.
Coisas em pé, só a secretaria da companhia, mas em degradação, e o monumento da CART2412 ao cabo enfermeiro João Baptista da Silva.
Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Barro >Abril de 2006 > O Marques Looes com o filho do Cacuto Seidi, o Bala Sani.
Há restos de um outro monumento, mas sem qualquer elemento que o possa identificar, e há restos de outras instalações que também não consegui identificar, dado que o enquadramento está muito modificado.
Lembro aqui o Iero Seidi, soldado da CCAÇ 3 que foi ferido em Maio de 1973 em Guidage, ficando sem uma perna (colocaram-lhe uma prótese) e sem um braço.
Foi o filho, o Mamasaliu Seidi, que me deu uma fotografia do pai, pois ele morreu de doença, o ano passado.
Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Barro > Abril de 2006 > Fotografia do antigo militar da CCAÇ 3, Iero Seidi.
Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Barro >Abril de 2006 > O Marques Looes com o Mamasaliu Seidi , filho do Iero Seidi.
O Mamasaliu foi o condutor do jipe do António Almeida e do Saagum (2).
Mas encontrei também outros restos humanos (3)... mas fica para a próxima.
Abraços. A. Marques Lopes
Fotos: © A. Marques Lopes (2006)
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Notas de L. G.
(1) Vd. posts de:
2 de Julho de 2005 > Guiné 69/71 - XCIII: Barro, trinta anos depois (1968-1998)
15 de Junho de 2005 > Guiné 69/71 - LIV: Cacuto Seidi, chefe da tabanca de Barro
Guiné-Bissau >Cacheu > Barro (1998) > Reeencontro do tuga A. Marques Lopes com Cacuto Seidi, chefe da tabanca de Barro.
"O Cacuto Seidi era o chefe da tabanca de Barro em 1968. Muitas vezes fui até à sua porta para falar com ele. Por duas razões: a primeira é que suspeitávamos que ele estava feito com o PAIGC (...).
"Em 1998 fui a Barro. Assim que me viu abriu a boca e disse admirado:
-Alfero Lopes!-
"Ao fim de 30 anos lembrou-se logo de mim, apesar de estarmos os dois mais velhos, de tal modo que, quem me acompanhava, ficou com a boca aberta de espanto. É que foi, de facto, muito tempo de convívio e de conversa.
"Perguntei-lhe pelo Braima, um caçador da tabanca de Barro, muito conhecedor de toda aquela zona e que foi o meu guia em 1968, porque conhecia todos os trilhos e buracos quer na mata quer no tarrafe das margens do Cacheu. O Cacuto ficou atrapalhado e respondeu:
- O Braima mataram.
- Ah! - disse-lhe eu - mas tu continuas a ser o chefe da tabanca! Então, eu tinha razão... -. Acabou por se rir, é claro" (...).
(2) Vd post de 2 de maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXXV: Do Porto a Bissau (12): A fonte de Mansambo (Albano Costa)
(3) Quererá o nosso A. Marques Lopes referir-se aos filhos dos tugas que por lá ficaram, com alguns dificuldades de integração ? Vd. post de 22 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXXX: Do Porto a Bissau (20): Os filhos que lá deixámos (A. Marques Lopes)
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