Post nº 797 (DCCXCVII).
Caro Marques Lopes:
Se me permites, uma pequena correção.
Tive o prazer de encontrar o Sadiu Camará (1) em Abril de 2005 em Sare Tuto, a cinco Km. de Buba, mais conhecida por Tabanca Lisboa, desde que ele praticamente assumiu a gestão desta tabanca.
Ou seja, Tabanca Sare Tuto e tabanca Lisboa são a mesma coisa. Da existência de Sare Tuto sabia eu, do tempo em que passei em Buba, embora pensasse que ficava muito mais longe. Afinal fica a cinco Km por picada.
Esta tabanca fica na picada de Buba para Fulacunda, à data considerada zona vermelha, pelo que a tropa não ia para essas bandas. Era de lá que vinham atacar Buba, as colunas para Aldeia Formosa e a tropa que protegia o pelotão de engenharia que construiu a estrada de Buba para Aldeia.
Foi um homem com sorte, o Sadiu Camará. Fala português correctamente e teve de facto a sorte ou a manha de apoiar os habitantes de Sare Tuto, afectos ao PAIGC, na fase em que a desordem era muita e concerteza a população de Sare Tuto ficou desamparada, pois os guerrilheiros naturalmente abandonaram a Tabanca para se juntar às forças vitoriosas nos quartéis abandonados pelos portugueses.
Foi em Sare Tuto/Lisboa que tive o meu encontro pacifico com antigos guerrilheiros, que só falam crioulo ou francês. Momento fantástico para mim e para eles.
Creio que o Sadiu ainda vive em Sare Tuto, que ficará perto de Saltinho, pelo mato. O Fernando, gerente do clube de caça do Saltinho, contrata-o ou contratava-o como pisteiro no período de caça.
Um abraço
Zé Teixeira
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Nota de L.G.
(1) Vd. post de 18 de maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXXI: Do Porto a Bissau (18): Sadiu Camará, um sobrevivente (A. Marques Lopes)
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